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Tico Tico no Fubá
Vibrante, buliçoso e ao mesmo tempo sentimental, o "Tico-Tico no Fubá" é o exemplo perfeito do choro clássico, em três partes, composto na melhor tradição do gênero. Predestinado ao sucesso, impressionou logo em sua primeira apresentação, em 1917, num baile em Santa Rita do Passa Quatro, quando ganhou o nome de "Tico-Tico no Farelo". Razão do nome: a animação dos pares que dançavam em grande alvoroço, provocando o comentário do autor: "até parece tico-tico no farelo...".

Depois, talvez porque já existisse um choro homônimo (de Canhoto), passou a "Tico-Tico no Fubá". Mas, apesar dessa estréia vitoriosa, a obra-prima de Zequinha de Abreu só chegaria ao disco quatorze anos mais tarde, ocasião em que foi gravada pela Orquestra Colbaz, criada e dirigida pelo maestro Gaó. Sucesso absoluto, este disco permaneceu em catálogo até a década de quarenta, época em que a composição alcançou o auge da popularidade.

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José Gomes de Abreu, mais conhecido como Zequinha de Abreu (Santa Rita do Passa Quatro, 19 de setembro de 1880 — São Paulo, 22 de janeiro de 1935) foi um músico, compositor e instrumentista brasileiro. Tocava flauta, clarinete e requinta. Um dos maiores compositores de choros, é autor do famoso choro "Tico-Tico no Fubá" que foi muito divulgado no Exterior nos anos 40 por Carmen Miranda. É pouco provável que a similaridade desta melodia com uma no primeiro movimento do Concerto para Piano Op.15 de Beethoven seja mera coincidência. Abreu foi organizador e regente de orquestras e bandas no interior paulista.

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