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2001
Gravada pelos Mutantes, ‘2001’ tem um forte apelo tropicalista ao trabalhar com o deboche e a fusão de ruídos. A junção de elementos rurais, como o som da viola, com o rock e elementos sonoros utilizados pelas toadas caipiras reforçam o caráter tropicalista desta canção. O deboche também se manifesta na maneira como se cantam os trechos caipiras com um tom forçado no sotaque. A canção, simbolicamente, representa a trajetória da música de São Paulo através do século XX, partindo de sua origem sertaneja interiorana e alcançando e irradiando a atmosfera da metrópole. Irreverência com virtuosismo.

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Astronauta libertado
Minha vida me ultrapassa
Em qualquer rota que eu faça
Dei um grito no escuro
Sou parceiro do futuro
Na reluzente galáxia

Eu quase posso palpar
A minha vida é que grita
Emprenha se reproduz
Na velocidade da luz
A cor do sol me compõe
O mar azul me dissolve
A equação me propõe
Computador me resolve

Astronauta libertado
Minha vida me ultrapassa
Em qualquer rota que eu faça
Dei um grito no escuro
Sou parceiro do futuro
Na reluzente galáxia

Amei a velocidade
Casei com 7 planetas
Por filho, cor e espaço
Não me tenho nem me faço
A rota do ano-luz
Calculo dentro do passo
Minha dor é cicatriz
Minha morte não me quis

Nos braços de 2.000 anos
Eu nasci sem ter idade
Sou casado sou solteiro
Sou baiano e estrangeiro
Meu sangue é de gasolina
Correndo não tenho mágoa
Meu peito é de sal de fruta
Fervendo num copo d'água

Astronauta libertado
Minha vida me ultrapassa
Em qualquer rota que eu faça
Dei um grito no escuro
Sou parceiro do futuro
Na reluzente galáxia



Filha de Charles Jones e Romilda Padula, ele descendente de imigrantes americanos e ela italiana, fruto do que se costumava chamar "salada paulista", nasceu Rita Lee Jones no último dia do ano de 1947. Assim como suas irmãs mais velhas, Mary e Virginia, recebeu o nome Lee em homenagem ao famoso General Lee.

Rita sempre mostrou interesse pela música. Fugindo da rigidez imposta pelo pai, deliciava-se com polcas e clássicos ligeiros que saíam do piano da mãe. Brincando, juntava-se às irmãs para formar trios vocais, embora entrasse em pânico nos recitais que sua professora de piano Madalena Tagliaferro promovia.

Na adolescência, Rita se trancava no quarto já de pijama, pronta para dormir. O que a família não sabia era que ela pulava a janela para apresentar-se tocando bateria em festas de escola. Em uma dessas escapadas, porém, teve crise de apendicite aguda, sua família foi chamada pela direção e a descoberta, inevitável. Apenas um dos muitos sustos que viriam a seguir. O maior foi quando pediu ao pai uma bateria Caramuru ao invés do tradicional baile de formatura, sonho de onze entre dez adolescentes da época.

Leia mais no site oficial da Rita Lee



Antonio José Santana Martins, compositor, cantor, performer, arranjador, escritor, nasceu em Irará, Bahia, em 11 de outubro de 1936. Em Salvador, no curso secundário, se interessou por música e cursou por seis anos a Universidade de Música da Bahia, depois de ter passado em primeiro lugar no vestibular.

Ainda em Salvador, participou do espetáculo “Nós, Por Exemplo”, no Teatro Castro Alves. Já em São Paulo, participa de “Arena Canta Bahia”, musical dirigido por Augusto Boal, e da gravação do disco definidor do Tropicalismo, “Tropicália ou Panis et Circensis”, em 1968.

No mesmo ano (1968) leva o primeiro lugar no IV Festival de Música Popular Brasileira, da TV Record, com a canção São Paulo, Meu Amor.

Leia mais no site oficial de Tom Zé